
Programa de Atenção Integral às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)
Síntese de Evidências Sobre Saúde no Município de SP
Alavancas
Uso de dados, telessaúde e novas tecnologias
Grants
Pesquisa Aplicada em Saúde Pública
Público beneficiado
Moradores do município de São Paulo-SP
desde 2024

A desigualdade econômica e a segregação residencial afetam diretamente o acesso à saúde de qualidade nas cidades brasileiras. Essa realidade é detalhada no estudo “Síntese de evidências sobre saúde no município de São Paulo”, elaborado pelo Laboratório Arq.Futuro do Insper em parceria com a Umane. Lançado em agosto de 2024, o levantamento analisa dados de 2010 a 2019 nos 96 distritos da capital paulista, com foco em três condições preveníveis pelo SUS: mortalidade materna (incluindo fetal), mortalidade prematura cardiovascular e por diabetes.
Os resultados evidenciam fortes disparidades entre regiões periféricas e bairros de maior renda. Mulheres moradoras da Brasilândia, por exemplo, apresentaram risco quase seis vezes maior de morte por doenças isquêmicas do coração do que mulheres de Moema. A taxa de mortalidade por diabetes chega a ser 21 vezes maior em distritos mais vulneráveis. Esses contrastes revelam como o território influencia diretamente os desfechos em saúde e reforçam a necessidade de políticas públicas mais equitativas.
Para enfrentar esse cenário, o relatório propõe um conjunto de ações inovadoras voltadas à ampliação do acesso, da qualidade e da equidade nos serviços de saúde. Recomenda-se o uso eficiente e transparente dos recursos públicos, com prioridade para os distritos mais vulneráveis. Segundo os autores, uma gestão baseada em evidências fortalece a confiança da população no poder público e amplia o impacto positivo do SUS nas regiões que mais precisam.
Produção de análise espaço-temporal detalhada da mortalidade materna (incluindo fetal), cardiovascular e por diabetes no município de São Paulo entre 2010 e 2019, identificando desigualdades territoriais associadas ao perfil socioeconômico.
da variabilidade espacial do risco relativo na mortalidade prematura por Diabetes Mellitus nas mulheres de São Paulo são justificadas pela sua condição socioeconômica
Para os homens, as condições socioeconômicas explicam apenas
da variabilidade espacial do risco relativo na mortalidade prematura por diabetes mellitus em São Paulo
Taxa de mortalidade por diabetes chega a ser
vezes maior entre regiões de menor e maior vulnerabilidade social
No período analisado, foram constatados
óbitos maternos no município

“A Umane permitiu que nos orientássemos pelo conceito da ciência de implementação, que é basicamente estudar e entender como aplicar, na prática, os resultados encontrados. Também nos auxiliou a produzir um documento com uma linguagem bastante acessível, fomentando o debate público perto das eleições e possibilitando aos agentes públicos se apropriar dos dados para planejar a política de saúde de uma cidade cuja população é maior do que a de muitos países.”